Costa e Silva

Artur da Costa e Silva assumiu a presidência da República em 15 de março de 1967, tendo seu governo marcado pelo cerceamento da livre expressão, de direitos políticos e da institucionalização da repressão, com a tortura aos opositores. Como resistência à ditadura militar, surgiam diversos grupos de militantes de esquerda que atuavam clandestinamente. As manifestações nas ruas aumentaram e, em 28 de março de 1968, o estudante Edson Luís foi morto pela polícia na Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro.

Costa e Silva promulgou o AI-5, em 13 de dezembro de 1968, que vigorou por 10 anos e foi reconhecidamente o mais rígido do regime autoritário, resultando, por exemplo, no fechamento do Congresso Nacional, na concessão de totais poderes ao presidente e na censura aos meios de comunicação e aos produtos culturais, além da propagação de torturas, desaparecimentos e assassinatos.

Foram instaurados ainda entre 1 de fevereiro e 14 de agosto de 1969: AI-6, que estabeleceu que crimes contra a segurança seriam julgados por um tribunal militar; AI-7, que suspendeu as eleições até 1970; AI-8, que tornou ilegais as reformas administrativas por decreto em diversos municípios do país; AI-9, que cassou direitos políticos, implementou demissões em massa e realizou uma reforma agrária agradando aos setores conservadores; AI-10, que promoveu cerca de quintas suspensões e cassações de direitos políticos; e AI-11, que estabeleceu um novo calendário de eleições para os municípios onde não foram instaladas intervenções militares. Costa e Silva deixou o cargo em 31 de agosto de 1969 por problemas de saúde, assumindo novamente o poder a Junta Militar, até que Emílio Garrastazu Médici se tornou presidente em 30 de outubro de 1969.

Fontes: Infoescola e UOL

Pular para o conteúdo