Projetos

Desinformação contra povos originários: combate à mentira sobre indígenas brasileiros pelas agências digitais de checagem de fatos (2023-atual)

Com o espalhamento de informações na internet, sobretudo nas redes sociais, a desinformação se mostrou um fenômeno social que precisa ser combatido, principalmente porque não se reduz a fixar informações mentirosas na mente das pessoas, mas ainda por estimular ações danosas, física ou virtualmente. No caso dos povos originários do Brasil, pode até causar o seu genocídio. O problema da desinformação tem sido enfrentado, por exemplo, a partir da constante verificação de informações, realizada pelas agências de checagem de fatos, as fact-checking. O objetivo desta pesquisa é, portanto, investigar como um grupo vulnerabilizado tem sido alvo sistemático de mentiras e de que forma elas são desmentidas pelas agências de checagem brasileiras, no contexto da ascensão de políticos de extrema direita, avaliando ainda o que foi dito pelos indígenas envolvidos na mentira, em caso de manifestação pública. É possível dizer que a nossa intenção não é focar no impacto das fake news nos interatores dessas informações imprecisas, mas no processo de produção empreendido para combatê-las pelas agências de checagem.
Financiamento: CNPq Universal, Chamada CNPq/MCTI Nº 10/2023.

 

MíDIvulga Amazônia: divulgação científica, tecnológica e de inovação (CT&I) em Rondônia (2021-atual)

O contexto da cibercultura permitiu uma maior produção e disseminação de conteúdo por quem possui acesso à rede e às tecnologias digitais. Com a popularização do acesso à internet e às mídias digitais a partir do século 21, a circulação das informações sobre ciência sofre alterações, dos períodos científicos à inserção dos próprios pesquisadores nesse (ciber)espaço, sobretudo nas redes sociais. O ensino superior e a pesquisa científica no estado de Rondônia são realizados, principalmente, por uma universidade e um instituto de âmbitos federais. O conhecimento científico sobre a Amazônia e a região Norte não deve ficar restrito, mas ser expandido e estar acessível à população rondoniense e brasileira. Desta forma, a proposta deste projeto é produzir mais de 30 vídeos adaptados às lógicas das redes sociais e desenvolver padrões de roteiro, gravação e edição a partir dessa experimentação.
Financiamento: CNPq Divulgação Científica, Chamada MCTI/FNDCT nº 39/2022, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e Programa Institucional de Bolsas de Extensão e de Cultura (PIBEC).

 

Fact-checking e inovações no combate às fake news sobre a COVID-19: apuração e qualidade da informação jornalística nos sites das agências de checagem (2020-2023)

Resumo: As agências brasileiras de fact-checking se destacam durante a pandemia do novo coronavírus, a COVID-19, com início em dezembro de 2019 na China. Se em janeiro e fevereiro de 2020, períodos iniciais de propagação da doença no mundo, as checagens não chegaram a 20% do material produzido na Fato ou Fake e na Lupa, a partir de março, mais da metade das verificações são voltadas para a pandemia. Enquanto a agência Fato ou Fake organizou todas as produções sobre o COVID-19 com destaque na página principal em sua primeira chamada, a Lupa permite uma navegação pelas categorias: #coronavírus e #covid-19. O problema de pesquisa realiza dois movimentos complementares, identificando: quais são os padrões de fake news propagadas no processo de desinformação sobre a COVID-19 e avaliadas pelas agências brasileiras de fact-checking? E como essas agências de checagem avaliam tais informações falsas e apresentam os resultados para o público? Esse duplo questionamento considera os esquemas de interpretação da realidade, tanto nas propriedades e nas operações do espalhamento das informações falsas sobre a COVID-19; quanto nas estratégias de inovação e de qualidade da informação da verificação das fake news sobre a COVID-19 pelas agências.
Parceria: JOII – Grupo de Pesquisa em Jornalismo, Inovação e Igualdade da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Financiamento: CNPq Universal, Chamada MCTI/FNDCT Nº 18/2021, e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

 

Site com mapa digital interativo da ditadura militar em Porto Velho (2020-2022)

Resumo: As cidades são territórios carregados de memórias individuais e coletivas. Em Porto Velho, como em praticamente todas as cidades brasileiras, ruas e bairro homenageiam os envolvidos na ditadura militar brasileira. O engajamento no Brasil cresce em virtude da alteração dos nomes desses espaços destinados aos personagens repressores da ditadura. Os mapas digitais surgem como lugares de memórias que permitem uma reconciliação e uma reparação da história recente do país. Este projeto busca produzir um site com mapa digital interativo com os resquícios da ditadura militar em Porto Velho, a fim de que sejam mapeados ruas, escolas, praças e demais espaços públicos consagrados aos personagens da ditadura militar, fornecendo informações sobre esses homenageados. A intenção é criar um site com mapa digital interativo em que esses espaços estejam evidenciados e sinalizados com intuito de facilitar sua visualização – contendo o conhecimento, sobre os homenageados, da população de Porto Velho que se relaciona com esses lugares cotidianamente e as informações dos documentos públicos sobre o trâmite para as homenagens – e de ainda gerar demanda aos gestores municipais para possíveis mudanças.
Financiamento: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e Programa Institucional de Bolsas de Extensão e de Cultura (PIBEC).

 

Jornalismo especializado em MMA: profissionais e produtos de uma nova modalidade esportiva (2018-2022)

Resumo: Os estudos sobre jornalismo esportivo no Brasil enfatizam, majoritariamente, o futebol, com uma abordagem praticamente inexistente acerca do jornalismo especializado em MMA. Considerando a relevância do MMA na atualidade, sobretudo na mídia, e a carência de estudos na interface deste esporte com o jornalismo, o projeto procura identificar as características do jornalismo brasileiro especializado em MMA nos sites, canais de Youtube e de TV, através do perfil das empresas e das especificidades dos produtos, e traçar um paralelo historiográfico entre o MMA e a sua cobertura jornalística, ao apontar os marcos históricos de ambos. Pretende-se, ainda, investigar aspectos jornalísticos nas produções sobre MMA de sites e canais de Youtube no Brasil, por meio do agendamento, das fontes, dos gêneros e dos enquadramentos, caracterizando os aspectos relacionados à empresa, ao produto e ao público, através da entrevista com jornalistas e produtores de conteúdo.
Financiamento: CNPq Universal, Chamada MCTIC/CNPq nº 28/2018, e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

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